Tribo avarosiana

          A vida prosperava na tripo enquanto todos interagiam entre si, um dia normal para uma vila em Freljord como todas as outras, ou parecia. O rapaz estava afastado observando eles, sem intenção nenhuma de atacar, mas se lembrava um pouco de sua infancia junto de sua mãe, seus amigos e pouco do que poderia aproveitar para se lembrar. Os braços cruzados e o silêncio.

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          Do silêncio aos barulhos de seus passos seu olhar se moveu sem ter uma reação corpórea, acompanhava o quanto pudia sem deixar claro que estava olhando. Da fala a sua reação era mínima, mas sua voz era afiada. - E faz diferença? Por tudo... Faz? - Respondia Baldur, das poucas histórias que ouviu quando criança, algumas vinham picotadas em sua mente com lacunas que tiravam totalmente o sentido delas. Olhou para o alto vendo os raios riscarem o céu.

          A cena ficava cada vez melhor aos olhos do outro que tentava animar sua noite, mas nada disso parecia surtir efeito para ele, não seria palavras boas nesse momento que fariam alguma diferença, precisava de mais. O leve tapa fazia-o querer ir, beber e forçar uma embriaguez seria engraçado para ver os demais rirem ou algo do genero.

- Então beije o lobo antes que cheguem... - Sorriu com uma sútil risada escapando de seus lábios. - Ou você vai dar uma volta eterna com eles.

          Sorriu ao perceber dele não saber do ato de Freljord para com os Kindreds, não o culpava, ele não devia lembrar disso. Acompanhando o companheiro sem a menor pressa, já sabia que muitos iriam estranhar a presença de Baldur ali, não era muito chegado em festas, comemorações, tinha seus motivos, mas aquilo não seria a primeira vez, está mais para a ultima que iria confraternizar, se não fosse este levando-o sua presença seria inviável.

           Olhando de volta para a maioria que focava os olhares curiosos no seu rosto. A calma gélida de sua expressão mal encarada fazia algumas crianças se assustarem e outros cochicharem e ele não dava a menor importância. - Animação é para os esperançosos... - Já com o caneca em mãos, olhava-a esperando que fosse sentir algo da embriaguez, esperava que esse fosse um dia glorioso.... - ... Por isso BEBEMOS! - Elevou a caneca e virava-a sem ao menos derrabar.

           A diversão parecia ser mais influente para os demais, a si só restava memórias ruins nos quais fazia sua presença ser menos importante. O que poderia esperar de algo que era apenas sua vontade comparada a de todos? Nada fora do comum para sua opinião.

         Sua importância para a moça que chegou não fazia diferença, a única coisa que o importunava era seu corpo em cima de si que só movia com o peso sem sair de seu assento, a mão começou a subir indo até seu ombro onde seria empurrada sem muita força para se afastar, porém, quando ouviu a palavra "filhos" sua ação era interrompida e o desinteresse pairou sobre seus olhos enquanto não tirava o foco do lugar onde seu companheiro deveria estar. No instante que ouviu o chamado apenas os olhos viraram para o rapaz, dava para sentir em sua expressão: Eu preciso mesmo ir? e na pergunta final o guerreiro suspirou em desaprovação, empurrou a moça sem força querendo que ela afastasse. - Eu não ganho nada ficando aqui, não é? - Erguendo de onde estava seguiria caminho junto do companheiro, sua vontade de ficar estava maior, mas, seguia mesmo assim.

          Por mais que tentasse seguir a distancia não ajudava, mas qualquer problema era só seguir as pegadas que os pés do companheiro e nenhum problema afetaria, mas o vendo começou a soprar forte e nada de sua vontade podia parar os fortes ventos que podiam cortar sua pele.

          Quanto sua presença ficou inviável de ser vista já praguejava contra as forças da natureza. - HEY! Não ande muito rápido. - Falou em alto e bom som, queria que ele ouvisse, mas provavelmente o som do vento iria impedir e por isso apressou o passo para aproximar mais dele.